top of page
CLARICE, A DOWNADINHA
Desde que nasceu, Clarice me desafiou. Ela desafiou meu conhecimento, desafiou meus valores mais profundos, desafiou minhas raízes. Ela me destruiu para me reconstruir numa pessoa melhor. Antes dela, eu nada sabia sobre o mundo, sobre a vida e, principalmente, sobre mim mesma. A faculdade de Pedagogia não chegou nem perto de me preparar para recebê-la. A prática do trabalho voluntário desde adolescência em que exercitei o respeito ao outro e suas diferenças, não me preparou para recebê-la. As emoções que eu acreditava conhecer e de certa forma “dominar”, na verdade, sequer as conhecia. Clarice e sua Síndrome de Down, que também passou a ser minha, me apresentou um mundo, um ser humano que não fazia idéia existir.
Novidade da semana:
bottom of page